Não tenho pretensões nenhuma, só escrevo o que quero, quando quero e fim. Nada me define, nada me limita.

sábado, 28 de maio de 2011

Folhas de outono

Sentando no banco da praça, observa as rugas em suas mãos calejadas
Sinais do tempo.
Ele conhece todas as histórias das cicatrizes que marcam aqueles dedos.
Histórias que compartilharia com prazer com aqueles estranhos que passam apressados pela rua, se eles ao menos se dessem conta de sua presença.
A velha bengala desgastada encostada ao lado era a sua única companheira.
Seus passos já não eram firmes como outrora, carregava sobre os ombros incontáveis lembranças, lembranças essas que o faziam recurvar diante da nostalgia de seus dias de mocidade.
Seus olhos já não tinham mais o brilho de antes, apenas a sabedoria de quem já viu coisas que muitos julgariam impossíveis.
Quem era aquele homem que passava os dias de sol sentado no banco da praça?
Qual era a sua história?  De onde viera?
Já não importava.
Era mais uma árvore centenária no meio de tantas outras.
Enrugada, retorcida e abandonada.
O outono chegara e das árvores caiam folhas amareladas, do rosto do ancião brotavam lágrimas .
Lágrimas e folhas de outono jogadas ao vento... prenúncio de que o inverno seria frio e solitário.






5 comentários:

  1. Gostei muito das expressões utilizadas neste post em especial, mas, gostaria de rever posts onde VC se identificasse de uma forma mais objetiva... Gosto de ler teus sentimentos. Mas VC Meu querido Jornalista está de Parabéns. ;-)

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  2. Vou concordar com Jacquilda..."gostaria de rever posts ...gosto de ler teus sentimentos". Nem preciso dizer, que gostei do texto , vc tem dom para escrever e estava ocultado apenas por um tempo...
    Vc tem potencial, sempre soube disso,sem exageros, parabens!... siga em frente que eu estou
    Aguardando cenas do proximo capitulo !rs
    Beijo Beijo.

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  3. gostei dah obsevação maninho..
    vc presiza sabe ah sabedoria q enchego atraves
    desta cena contada por ti..
    e talves um dia qualque como quem naum quer nada
    eu ti aconselharia ah esperimentar a sençação
    de senta no banco de uma praça
    e contempla a vida ..
    abração..

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