Não tenho pretensões nenhuma, só escrevo o que quero, quando quero e fim. Nada me define, nada me limita.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pequenos pedaços de nós

Tudo que vai, não se vai por inteiro.
Sempre deixa pequenos pedaços espalhados pelo chão,
 pedaços de sorrisos, pedaços de lágrimas, pedaços de sonhos, pedaços de solidão...
Com os retalhos costurei o meu coração,
preenchi o grande vazio com a recordação.
A lembrança me acalenta na noite fria,
a minha companhia na escuridão.
O Eu se estilhaça em mil fragmentos,
torna-se nós.
Nós, nós...
um nó cego,
um emaranhado de sentimentos,
 de pessoas, de lugares, de lembranças.
O que me trouxe até aqui e o que me leva além.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

No compasso da desilusão



Ando por aí tentando me encontrar
Entre quimeras e devaneios ziguezaguear
Trôpego nas esperanças que bebi
Embriagado em estado de lucidez
Lucidez exata, realidade inata.
Sento na companhia da solidão
Para contar dos sonhos que não realizei
Das armadilhas que cai e do que eu ainda não aprendi
Das esperanças tolas...
Tantos planos e projetos...
Da vida sou arquiteto,
Sonhos em ruínas, arranha-céus de esperança
Para que do alto possa voar quando for a hora de dormir.
Dormir, sonhar...
Esperança vã de que um dia... tudo vai melhorar.