Não tenho pretensões nenhuma, só escrevo o que quero, quando quero e fim. Nada me define, nada me limita.

sábado, 26 de maio de 2012

Árvore da vida

Tenho o gosto amargo do impossível na boca,
 uma vontade insaciável no corpo
 e uma ideia fixa na cabeça.
Tenho em mim todas as dores do mundo,
 todos os sonhos possiveis
 e todos os amores perdidos.

Sou prosa e poesia,
sou ciúme e simpatia.
Nostalgia, noite e dia. 
Fruto proibido da árvore sagrada,
redenção e melancolia.

Tenho a fúria da tempestade 
e a calma da maresia.
Tenho em mim a solidão do deserto
 e o infinito do universo.







quinta-feira, 24 de maio de 2012

A maré vai me levar

Será que esse oceano de emoções nunca vai secar? 
Navego em águas turbulentas em meio à tormentas
 para quem sabe um dia aportar, no porto seguro.
 E então, enfim, descansar em teus abraços na beira do mar.
Abro os braços para o vento em busca de abrigo, um amigo.
A brisa suave leva os sentimentos por um momento... 
A calmaria antes da tempestade.
As ondas batem contra mim, onda após onda,
 molham o meu rosto e disfarçam as lágrimas que insistem em cair,
 lágrimas salgadas como as águas do mar.
A maré vai me levar.
Contra recifes e rochedos vou navegar
Vou naufragrar
A maré vai me levar.
Um dia vou desembarcar na ilha perdida do teu olhar.
A maré vai me levar...





terça-feira, 22 de maio de 2012

A canção da coragem


Acordei do coma, acordei pra vida
Cicatrizou a ferida e não sangro mais.
Paguei os meus pecados ao deus condenado que nunca me deu perdão.
Segui a trilha dos bravos,  que ainda acreditam e nunca desistirão.
 Enfrentei dragões e moinhos, cruzei por oceanos e rios, no deserto fui sozinho, vitima de uma ilusão, tudo em vão.
Reerguido, redimido mais forte e destemido.
Continuo a luta por aqueles que ainda virão.
Minha espada afiada com a coragem, corta até a alma daqueles que querem me ver ao chão.
Minha armadura em frangalhos, baluarte da minha vontade e representa a
flâmula dos que nunca desistirão.


domingo, 20 de maio de 2012

Pra onde vai?

Nas montanhas de concreto, nas areias do deserto.
Na solidão das cidades, na multidão que vive em cada um.
Somos todos passageiros, frutos do acaso que buscam um caso para poder se encontrar, um laço para se apertar, um calo para reclamar.
Um objetivo definido por outrém.

Livra-se das amarras, parte do porto seguro, desbrava  águas desconhecidas.
Parte sem rumo pela vida.
Não tenha medo de ser segredo, não tenha medo de ser solidão.

Desfazem-se os laços, desatam os nós
Pra onde vão os sonhos quando viram pó?
Pra onde vamos quando queremos ficar só?
Pra onde vai a vontade quando não respiramos mais?
Pra onde vão os discos, os livros, os amigos, as meias de sapato e as tampas de caneta?

Parte sem rumo, guia-te pelas estrelas do firmamento que destino mais bonito que o infinito?