Não tenho pretensões nenhuma, só escrevo o que quero, quando quero e fim. Nada me define, nada me limita.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

I belive i can fly

Eu acredito que posso voar.
Acredito! Acredito!
Acredito que posso ir além, me superar... se for capaz, me esforçar.
Acredito no amor como essa força incentivadora capaz de mudar o mundo.
Basta apenas que você também acredite.
Venha! Me dê a mão, feche os olhos e vamos voar.
Acredito na inocência do sorriso da criança, na sabedoria das palavras dos mais velhos, acredito na amizade e no amor.
Acredito em mim, em você e no mundo...  http://jppjr.blogspot.com/
Acredito nas palavras mágicas... Allakzam, abracadabra e obliviate http://thainafreitas.blogspot.com/
Acredito no amor, na sua forma mais simples http://www.bethynah.blogspot.com/
Acredito! pois sei que em cada universo concêntrico http://gusmoreira.wordpress.com/ pessoal de cada um, existe um infinito particular http://paloma-teixeira.blogspot.com/
Sonhos onde tudo é possivel.
Acredito, pois mesmo nos dias mais sombrios, ainda podemos fechar os olhos e sonhar. Os sonhos são o alimento da alma.










segunda-feira, 11 de julho de 2011

A maldição dos reis

Era noite...  A luz da lua projetava sombras por todo o lugar.
O grande salão do trono estava vazio exceto pelo seu frequentador mais ilustre e uma visita inesperada na madrugada. 
O negro da noite era como as suas vestes, os olhos lilás brilhavam no escuro... Do capuz duas mechas dos seus cabelos prateados saltavam sobre os ombros, seu corpo esbelto e ágil se movimentava com graça e leveza ao sair do esconderijo nas trevas. Os rostos de homens sérios, carrancudos e sisudos observavam os seus movimentos, os grandes reis do passado imortalizados em quadros pendurados nas paredes.
Seus passos eram silenciosos através do grande salão, como seriam em qualquer outro tipo de terreno ou lugar, aquele era o seu oficio: a furtividade.
Sentado em um trono dourado em uma plataforma elevada no meio do salão estava aquele a qual denominavam como “A mão de ferro” um tirano usurpador que assassinara o rei por direito e tomara seu lugar.
O povo se submetia aos seus caprichos e extravagâncias, mas entre amigos clamavam pela justiça que sabiam... não tardaria. Assim diziam as profecias.
Era do conhecimento de todos que aquele reino era amaldiçoado.
O usurpador gostava de vim ao salão do trono para se vangloriar do seu feito perante os antepassados do seu rival, sua vaidade assim o exigia nas noites de insônia, quando as palavras da maldição antiga ecoavam pela sua mente na voz assustadora do vento e os boatos de um herdeiro bastardo do rei legitimo fervilhavam em seu sangue.
Degustava de um cálice de vinho, enquanto fitava as figuras ao redor.
- Tolos supersticiosos! ninguém poderia tomar o que havia conquistado.
O gatuno se aproximou do trono pela retaguarda, a poucos passos do alvo, sacou o punhal...  Uma lâmina curva de brilho azulado, com o punho incrustado de jóias, a arma de um nobre.
Tudo aconteceu rápido, um corte de orelha á orelha, o gorgolejar, o ultimo suspiro seguido do baque surto no assoalho e o tilintar da coroa á rolar pelo chão.
A justiça estava feita.
O assassino limpou o punhal nas vestes de sua vitima, desceu o lance de escadas e apanhou a coroa ornamentada com gemas preciosas.
Subiu os degraus com ela em mãos, os olhos ardendo em brasas, sorria.
Algo dentro de si mudara, seus propósitos para estar ali naquela noite mudaram.
Sentou-se no trono e pensou...
Aquele poderia ser o seu lugar por direito.
Direito de sangue.
Abaixou o capuz, revelando os longos cabelos cor de prata, sua consciência pesava em dúvidas.
Colocou displicentemente a coroa sobre a cabeça.
- De fato lhe caíra muito bem, apenas mantenha a cabeça sob ela. ouviu uma voz  sussurrar ao seu ouvido.
Virou-se para os lados sobressaltado, porém não havia ninguém e um calafrio percorreu seu corpo.
E assim, no grande salão do trono do castelo do Vento Uivante um usurpador jazia em uma poça de sangue enquanto outro tomava o seu lugar.
E a justiça tinha sido feita pela maldição dos reis antigos, pela qual nenhum outro rei ocuparia aquele trono se não fosse de seu direito de nascimento.
Sempre haveria traição e morte, até um sangue do seu sangue ocupar novamente o seu devido lugar no trono dourado.


Ps¹: A Imagem é de Drizzt Do'Urden (Forgotten Realms)  leve inspiração para o personagem desse conto.




quarta-feira, 6 de julho de 2011

A hipocrisia da morte


Parado junto á porta do quarto, encostado com o pé direito apoiado displicentemente na parede, os braços cruzado sobre o peito, ainda vestido com o avental do hospital publico, ele observa a cena.
No leito seu corpo parecia adormecido, porém, já não respirava há alguns minutos.
A filha segura sua mão, chorando aos soluços a morte do pai.
-Meu pai, meu pai! Lamuriava-se
A viúva sentada logo ao lado, aperta firmemente o terço enquanto reza e encomenda a alma do falecido.
Os médicos já tinham desligado todos os aparelhos que mantinham um fiapo de esperança... Esperança de que ele fosse sair dessa.
Evitar o inevitável.
 “Dane-se!” pensou.
Seus pensamentos foram interrompidos pelo surgimento abrupto do seu vizinho e amigo, mal tinha entrado no quarto e logo se dirigiu á viúva que prontamente encarregou-se de enxugar as lágrimas e receber as condolências.
- Meus pêsames Silvia, para o que precisar de mim, eu estarei aqui. Disse segurando as mãos da mulher.
Depois vieram o chefe e alguns colegas do escritório, todos consternados com a morte do querido colega e funcionário.
- Que lástima! Que perda irreparável! Anunciou o patrão inaugurando o discurso que seguiu o de toda a trupe.
Seria cômico se não fosse trágico.
Será que já estava no inferno? Seria esse o comitê de boas vindas?
Infarto, aos 42 anos, resultado de uma esposa infiel, de problemas de relacionamento com a filha, de um emprego estafante e de um chefe inescrupuloso.
Quando enfim  será que terá paz?