Não tenho pretensões nenhuma, só escrevo o que quero, quando quero e fim. Nada me define, nada me limita.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Oração

Eu repenso minhas pequenas aventuras,
 meus medos,
 aqueles bem pequenos,
 que pareciam tão grandes.
 Para todas as coisas vitais,
 eu tinha que correr atrás,
 e ainda assim,
 só existe uma grande coisa,
 a única coisa,
 viver para ver o grande dia que amanhece
 e a luz que preenche o mundo.

*Oração Inuit








sábado, 10 de setembro de 2011

Outono

As folhas mudas de outono  carregam o silêncio
E o assobio do vento é um triste lamento
Da primavera que já passou.
Da rosa falta a beleza das pétalas
Só resta a aflição dos espinhos.
Todo o mundo é triste em sua dor, sem cor
O vazio que vaza pelos olhos, amarga os corações
É o prenúncio de que o inverno será sem amor.
Na fluidez do riacho, o tempo corre e rega as sementes de esperança 
E tudo ganha vida, é primavera outra vez.







quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A rosa e a vela


Quando a vela apaixonou-se pela rosa, algo inimaginável aconteceu.

Sentia o peito queimar com toda aquela paixão, seu corpo era dominado pelo ardor e seu único pensamento consumia-lhe o cerne.
Trepidava todas as vezes que o vento trazia o aroma da rosa e aflito vivia em utopia, desejando o que nunca poderia ter.

A rosa formosa exalava beleza por todo o lugar, á todos encantava com o seu charme.
Nunca antes fora dominada, repelia-os com os seus espinhos, porém nunca deixava de ser admirada.
Vivia solitária em seu reino de cristal.

Em certa noite escura de outono, as pétalas da rosa começaram á cair.
Ela definhava na escuridão, sozinha e desesperada.
Do breu uma luz surgiu, foi se aproximando... aproximando... aproximando...
Pouco á pouco foi se aconchegando, seu corpo se moldou ao da rosa, suportando os seus espinhos.
E Juntos, foram consumidos no fogo eterno do amor.

Nas noites mais frias e escuras os apaixonados podem jurar que existem espinhos a perfura-lhe o coração e uma chama á iluminá-lo e aquecê-lo.