Não tenho pretensões nenhuma, só escrevo o que quero, quando quero e fim. Nada me define, nada me limita.

domingo, 6 de novembro de 2011

Ao infinito e além

Ele caminhava á passos largos, passos firmes como só os de um homem livre poderiam ser.
Não havia mais correntes, os grilhões jaziam em pedaços em seu interior.
Enfim, era o senhor do seu destino, dono de sua liberdade.
Sua alma transbordava de boas vibrações, de luz... Um novo dia surgia no horizonte.
Seus passos ecoavam pela velha estação de trens, como memórias de dias que já passaram.
Carregava uma mala pesada, ela fazia seu corpo pender para o lado, depositara nela todos os seus medos, todas as suas angústias.
Ele não sabia, mas a mala estava furada e pelo caminho espalhavam-se peças pelo chão.
Pedaços de tristeza, partes de solidão...  
A cada passo, seu fardo ficava mais leve, até que não sobrou mais nada além do recipiente que o continha, vagas lembranças.
Deu por si rodeado por outros como ele, homens, mulheres, adultos e crianças.
Todos caminhavam de malas nas mãos e fragmentos pelo chão, para um destino em comum...
Embarcaram no trem do infinito, rumo ao horizonte de onde a luz surgia.



2 comentários:

  1. Belissimo texto, sempre me identifico com seus posts...
    Adoraria poder colocar em uma mala, tds os meus medos, angustias e tristezas!
    Beijoos e Parabéns!!! ;)

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  2. Boa ideia, acho que vou adaptar minha mala de problemas com um furo também...

    :)

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